Muitos já devem ter visto um destes por aí. Mas o que muitos não sabem, é que o Filtro dos Sonhos (ou Dreamcatcher) vai muito além de um belo objeto decorativo. É nada menos do que uma mandala de cura, originária da cultura nativa norte-americana. A mandala, segundo esta tradição, é algo naturalmente presente no inconsciente da alma humana, representada nos sonhos e nas imagens criadas. Como sabemos, o Tempo dos Sonhos é influenciado por boas e más energias, que na presença destes objetos, passam a ser filtradas, impedindo que as energias intrusas cheguem até nós, prendendo-as na teia do objeto e dissipando-as ao nascer do Sol, enquanto as energias limpas escorrem pelo ambiente através do movimento das plumas no ar. Além disso, diz-se que ele pode proporcionar visões durante os sonhos.
Há várias formas de confeccioná-lo e vários significados para seus símbolos, assim como diversas lendas sobre seu surgimento, variando conforme a tribo. Tradicionalmente, ele é feito com galhos de salgueiro, na forma de um círculo, com uma rede na forma de uma teia de aranha e uma abertura ao centro, onde geralmente se coloca alguma pena, semente ou cristal, cada um com seu significado próprio.
O círculo representa o círculo da vida, a totalidade. É um símbolo solar, celeste, da Eternidade, sendo no simbolismo ancestral, a representação do espaço infinito. Seja qual for a simbologia ou cultura, um Círculo de Poder, como este, serve como um espelho, onde podemos observar o reflexo do Universo e a totalidade, trabalhando, portanto, o entendimento dos mistérios da vida, do cosmos, das leis naturais.
Os fios tecidos na teia ao centro podem variar conforme o número de pontos, sendo em geral 7 pontos (representando as 7 profecias), 8 pontos (8 pernas da aranha, significando as oito direções sagradas) ou 13 pontos (como representação das 13 luas), cada um seguindo uma tradição e intenção de uso. O centro da teia corresponde ao Criador, à Força que abrange todo o Universo.
Entre as suas lendas mais conhecidas, há duas
Outra lenda, parte da mesma idéia inicial de guerra, esta centrada especialmente entre duas tribos, onde as desarmonias energéticas, geradas pelas lutas, traziam pesadelos e não deixavam as crianças dormirem. Assim, o Espírito-Guardião, aqui representando pela Mãe-Búfala, pediu ao Xamã da tribo que fizesse um círculo com um galho de árvore e deixasse uma aranha fiar uma teia dentro dele. Nesse círculo foram colocadas algumas pedras e penas para atrair as energias dos sonhos e pesadelos e depois de pronto, o filtro foi colocado na tenda das crianças, que se acalmaram e passaram a dormir tranqüilamente, Pouco tempo depois, a guerra cessou e as tribos restabeleceram a paz.
Verdade ou mito, o que vale é sonhar!
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